segunda-feira, 12 de maio de 2008

Porque temos que decidir tão cedo nossa carreira profissional?

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Rudy Santos - Bibliotecário e otimísta, ambos por escolha!







Na foto Temos a Dra. pediatra Bruna, O cineasta Pedro e o Biólogo Emerson. Faço questão de chamá-los pelo prénome da profissão que escolheram por vários motivos. Na fichinha que recebem cada vez que emprestam livros sempre vai o prénome : Dra. Bruna, Cineasta Pedro e Biólogo Emerson. Faço isto para que eles reflitam sobre suas escolhas e até mudem se for preciso. Passei por um processo terrível quando tive que escolher minha profissão tão jovem, e olha que eu não era mais "teen", já tinha vinte e poucos anos. Escolheria veterinária, só que era período integral na USP e eu não enxergava possibilidade de cursar algo que não me permitisse trabalhar para o meu sustento e o da minha família. Como eu éra arrimo de família, tinha que garantir o sustento de minha mãe e irmã que tinha uma dependência total de mim por serem deficientes. Mas o que eu não sabia e ninguém me havia dito é que existem saídas. Uma bolsa daqui, um estágio dali podem te ajudar a ir levando e estudar para ser o que realmente você quer ser e gosta. Escolhi então biologia. Parecia ser "quase igual" a veteriária. Eu ia lidar com bichos e éra disto que eu gostava. Ledo engano. Prestei para veterinária na USP e para biologia no Mackenzie. Por ter vindo de um colegial ruim na rede publica, não consegui passar na USP e acabei passando na quinta chamada do Mackenzie de biologia. Quando, tres anos depois, descobri que o biólogo na maioria dos casos vai para a sala de aula e eu não queria isto, desisti do curso ficando 15 anos fora da escola por ter me desiludido com a universidade. Viajei, fui para a Inglaterra onde ganhei uma grana como garçon, lavador de pratos e cozinheiro. Quando voltei depois de 2 anos ao brasil, havia perdido todos os vínculos, era difícil arrumar emprego, fui por fim trabalhar de garagista de um prédio. Foi na época do impitman do ex-presidente Color. De lá para cá meu caminho foi bem longo até que eu visse a necesidade de voltar a estudar.
hoje faço biblioteconomia na USP e estou bem feliz com o curso. A universidade não só me abriu portas mas me deu a criatividade para forçar a abertura de portas e ter sucesso. Faço trabalhos free-lance organizando bibliotecas particulares e trabalho em biblioteca escolar. Nunca fui tão feliz no trabalho o quanto estou sendo agora em meus 44 anos. Mas a pergunta é: será que precisava passar este tempo todo para que eu descobrisse uma vocação? Porque não temos no proprio colégio público orientação vocacional? Ou ainda, porque temos que escolher tão cedo uma profissão? Creio que é porque depois da revolução industrial a escola passou a ser criadouro de robôs humanos para alimentar o mercado de trabalho do capitalismo. Os meio de comunicação também são culpados por nossos adolescentes quererem trabalhar tão cedo e portanto quererem se formar tão cedo. A tv e agora a internet cria necessidades de consumo e joga o adolescente cada vez mais cedo parao mercado de trabalho para poder consumir e satisfazer seu instinto consumidor. Porque não dá para esperar e escolher a profissão mais tarde? Por que é preciso ganhar uma grana para se sustentar e talvez, am alguns casos onde, por culpa dos meios de comunicação, o adolescente foi instigado a ser pai, para sustentar a precoce família. A escola também não ajuda esclarescendo o aluno sobre profissões e sobre sexo. Dai temos o que temos hoje. decisões pela profissão forçadas pelas circunstâncias. As pessoas pensam no que vai pagar mais e não naquilo que trariam satisfação fazer. Quando eu em fim escolhi o que queria fazer, podendo dizer não ao que sobrava para eu fazer, ai é que fui mais feliz na escolha. então uma dica é esta. Escolha qual será o seu destino. Planeje onde e quando vai se formar e como ai ser o seu trabalho. Em que instituição e fazendo o que. Escolha pelo prazer e não pela grana. A grana virá se você for o melhor no que faz.
Rudi Santos



Um comentário:

Roseli Venancio Pedroso disse...

Oi Rudi, passando mais uma vez por aqui. Essa questão levantada por você é bem legal e válida. Também passei por várias tentativas de carreira até chegar a biblioteconomia. É sem dúvida muita pressão encima dos jovens para se decidir algo tão importante para suas vidas. É uma questão para se pensar.
Abraço,
Roseli