segunda-feira, 7 de julho de 2008

Não adeus, mas...até logo...

Aos meus fiéis frequentadores da biblioteca devo ao menos uma satisfação pela minha ausência compulsória.
Confesso que fui pego de surpresa pela direção quando me comunicaram que eu não deveria permanecer mais no atendimento da biblioteca. Disseram que gostaram dos meus serviços e nisto eu acredito pois, fiz o melhor que pude e coloquei, talvez pela primeira vez na vida, meu coração e toda minha criatividade a dispor do meu trabalho.Diseram que foi coisa do CRB e se foi eu até apóio. Não quero ver estagiários tomando meu lugar quando eu me formar, tá certissimo! Não tenho mágoas pois eu creio que as pedras em que tropeçamos no caminho são as melhores coisas que nos acontecem. Elas deixam machucados nos pés que são lembrados para que não tropecemos de novo tão cedo.
Mas aos meus queridos alunos, dos pequenos aos maiores deixo aqui um grande abraço. Sentirei certamente saudades de vocês e farei o que puder para ajudar a direção do colégio a encontrar um(a) novo(a) bibliotecário(a), ja que, como estagiário não posso assumir a biblioteca. Que o novo bibliotecário seja também novo de mente e espirito e que saiba aproximar-se de vocês para entender suas necessidades informacionais. Que não os assuste com o maldito "psiu!", mas que os instigue a serem curiosos, a pensar e querer descobrir o que há por tras das capas feias e bonitas dos livros que vocês precisam ler. Que saiba sonhar com vocês o seu futuro e sempre lhes pergunte o que vão ser quando se formarem como eu fazia, para que vocês reflitam sobre isto antes de serem obrigados a fazer qualquer faculdade para terem uma profissão.
Um abraço especial á Doutora pediatra Bruna, ao cineasta Pedro, Ao biólogo Emerson, ao engenheiro Berman, ao Programador Caio e aos outros que ainda estão por descobrir o que querem ser como o Denis, o Thales, a Maria Teresa, a Karinna(com K e 2 enes), a Karine, a Amanda, a Jessica Lessa...não vou conseguir lembrar o nome de todos, são muitos os alunos que me incentivaram a construir armadilhas para aguçar a curiosidade de lerem. Peço a todos que repensem quando disserem que não tem tempo de ler. O tempo de nossa vida é nosso, todo ele. Nós fazemos dele o que queremos e tudo depende da prioridade que damos às coisas. Só não dá para ler tomando banho ou na chuva por uma questão óbvia, mas mostrei que dá para ler andando, parado num canto, na fila do banco, no supermercado, em casa antes de dormir, depois de dormir...dormindo dá para sonhar e acordado também...não dá para ler dormindo, mas dá para sonhar acordado quando a gente lê o que gosta. Então não diga que não tem tempo de ler. Diga que ainda não sentiu necessidade de ler. Diga que ler ainda não adquiriu uma importância tal que você tenha que destinar um tempo para isto. Diga qualquer coisa mas não se engane a si mesmo dando a desculpa de que tem muita coisa para fazer e não pode ler um livro que não seja da obrigação e que seja do coração. Lembre-se que ler uma pagina por dia é ler um livro de 365 paginas por ano. Isto é muito melhor do que não ler nada. Mas eu sei que você pode mais do que isto.
Bom, por enquanto é isto! Talvez com o tempo eu tenha mais a dizer, mas o que posso dizer neste momento é que:
Não sou ingênuo de acreditar em tudo o que me dizem,
mas não tenho um baú tão grande que possa guardar mágoas.
Poderia citar nomes aqui dos colegas de trabalho que me incentivaram, que compuseram a maioria e o nome de uns e outros que me fizeram entristecer em algumas ocasiões. Mas sei que certamente não citaria o nome de todos os colegas de quem vou sentir saudades. Então, ficamos por aqui. Este é o nosso contato. Grande abraço a todos.

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